
Caramujos-africanos infestaram Ilhéus, nos últimos dias. A umidade gerada pelas fortes chuvas criaram condições para a proliferação dos moluscos e, segundo veterinário e coordenador do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Ilhéus, Pedro Leite, estima-se que milhares deles estejam pela cidade.
Hospedeiros de duas verminoses, os caramujos podem transmitir meningite e doenças que causam dor abdominal aguda, febre prolongada, anorexia, vômitos, perfuração intestinal e hemorragia intestinal.
De acordo com o médico Lucas Meira, a contaminação pode se dar através de ingestão do caramujo ou de hortaliças e frutas contaminadas, bem como o contato com as mãos.
Leite ainda adverte que é indispensável à conscientização da população sobre a forma correta de eliminar o caramujo. “Eles vivem muito tempo, em média 9 anos. A cada 3 meses é feita a postura de ovos, são em torno de 400 ovos por caramujo".
Entulhos, madeiras e outros ambientes úmidos são ideais para abrigar o bicho.
O caramujo-africano foi introduzido ilegalmente no Brasil na década de 80 como alternativa econômica ao escargot, prato típico francês. A novidade não agradou o mercado consumidor brasileiro e os criadores soltaram os bichos no meio ambiente.
FONTE: http://www.atarde.com.br/cidades/noticia.jsf?id=1393441